Segunda-feira, 9 de Julho de 2007

Ida a Vila Franca do Deão, quarta 11/7/2007

Quarta-feira a saída é às 6h30m da Rotunda do Operário. Vamos fazer um batismo para o norte, mais precisamente a Vila Franca de Deão, a seguir à Guarda.

 

Foi difícil encontrar uma foto de Deão, e a que encontrei não era nada especial. Fica aqui a promessa de, se for lá, tirar umas fotos desta povoação!

 

Apareçam!

 

 

Vila Franca do Deão

 

A freguesia de Vila Franca do Deão situa-se na Zona Norte do conselho da Guarda, fazendo fronteira com as freguesias de Avelãs da Ribeira, Codeceiro, Avelãs de Ambom, Rocamonde e Sobral da Serra, bem como com os limites dos concelhos de Celorico da Beira, Trancoso e Pinhel. Esta freguesia, com uma área total de 13 Km2 e dista 17 Km da sede de concelho.

 

Vila Franca do Deão encontra-se no declive entre o cume do Picoto e do Lombo. Está também a 3 kms da margem esquerda da Ribeira de Massueime, confluente do rio Côa onde tem três moinhos. O povoamento é concentrado. Pela posição topográfica, deve considerar-se o povoamento de Vila Franca do Deão muito antigo. 

 

Vila Franca do Deão congrega 125 alojamentos familiares (2001), sendo a parte antiga da aldeia composta por casas em pedra, havendo contudo já muitas casas em tijolo.


A freguesia possui 1 Anexa, de nome Trajinha. Esta dista cerca de 2,5 Km à sede de freguesia, e, na sua maioria, os alojamentos familiares são já construídos em tijolo.

 

Como principal potencialidade da freguesia de Vila Franca do Deão foi referido o turismo, devido ao Ribeiro de Massueime e às Casas Rurais Típicas para o Turismo de Habitação.

 

Esta freguesia, cujo orago é S. Tiago Maior, era da apresentação do Chantre da Sé da Guarda. Tem um altar dedicado a Nossa Senhora do Rosário e uma pequena imagem de Nossa Senhora de Fátima.

 

 

Dados Históricos

 

Nas imediações supõe-se ter existido o Castelo de Alverca, um pouco mais a norte que a actual Vila Franca, cuja finalidade seria mais de castro do que de castelo.

O nome de “villa” (com sentido agrário de casa de campo ou herdade) não deve ser anterior ao séc. XIII. Não é possível conhecer o qualificativo de “franca”. Sabe-se porém, que era propriedade de um opulento dignatário eclesiástico, mas que poderia não ser o deão da catedral em cuja diocese se incluía Vila Franca.


Por falta de documentação pensa-se que talvez tenha sido o Deão da Sé Viseense, D. Soeiro Pais o seu povoador. Ele chegou a conceder cartas de foro ou de povoação a alguns lugares junto de Vila Franca, mas do termo de Pinhel.


Sendo D. Soeiro Pais (em alguns sítios aparece escrito “D. Sueiro Paes”) o proprietário da “villa”, sabe-se que era da estirpe dos senhores de Ferreira, poderosíssimos na vizinha Celorico. Seria, assim, filho de D. Pêro Pais “de Ferreira” e neto do rico-homem D. Paio Fernandes.

O exemplo de um “foral” por ele concedido a certo lugar do termo de Pinhel pode dar notícia da sua obra em Vila Franca, que devia ser notável – quanto ao povoamento – a tal ponto que originou o chamamento “do Deão”.


A erecção da paróquia deve ser posterior a D. Dinis, visto que não aparece ainda no arrolamento paroquial de 1320-1321. Ainda nos meados do séc. XVIII o chantre da Sé da Guarda apresentava aqui o vigário com uns 12 mil reis de renda anual, além do pé-de-altar.


Administrativamente o lugar foi sempre termo da Guarda desde a fundação, pois assim determinam os limites concedidos, nessa ocasião, ao concelho pelo rei fundador D. Sancho I.”

(De: Elisabete Pinto de Almeida Melo Pereira, in “Monografia de Vila Franca do Deão”.)

 


Curiosidades:

 

i) Um orago é um santo padroeiro de uma capela ou igreja, a quem esse templo é dedicado. A palavra descende de oráculo, que significa a resposta de um deus.

 

Na legislação que estabelece a simbologia associada às freguesias portuguesas, surgem frequentemente menções aos oragos dessas freguesias. Este facto tem dois significados: por um lado, tem o significado religioso de estender a "protecção" do santo para lá do templo, a toda a freguesia; por outro lado é um arcaísmo que reflecte nos dias actuais as origens antigas das freguesias.

 

Com efeito, embora hoje uma freguesia seja uma instituição de carácter político e administrativo, exclusivamente subordinada aos poderes civis, a sua origem é a paróquia católica, que constituiu em tempos a malha mais fina de administração em Portugal. (De:http://pt.wikipedia.org/)

 

ii) Existe a Associação das Vilas Francas de Portugal, criada em Outubro de 2001 e é constituída por sete Vilas Francas: Vila Franca da Beira, Vila Franca do Deão, Vila Franca de Lima, Vila Franca das Naves, Vila Franca do Rosário, Vila Franca da Serra e Vila Franca de Xira. Originalmente, todas estas localidades devem o seu nome a terem sido fundadas ou povoadas por cavaleiros francos que percorreram vários países da Europa no tempo das Cruzadas ou a serem local de realização de feiras francas onde, por privilégio, não se cobravam certos impostos.

 

Na actualidade, têm como objectivo principal criar redes que promovam a amizade, o intercâmbio e a cooperação de âmbito económico, cultural, lúdico e desportivo entre os seus membros, assente nos traços de história comum.

 (De:http://www.avfportugal.com/pt/avfp.htm)

 

 

Qualquer dia vamos conhecer mais algumas, pelo menos as que estão mais perto!

publicado por beirabike às 22:59
link do post | favorito
Comentar:
De
( )Anónimo- este blog não permite a publicação de comentários anónimos.
(moderado)
Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres



Copiar caracteres

 



O dono deste Blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.
Total do mês
1 0 1 7 , 8 4 km
0 3 3 h 4 4 m 2 1 s

2018
0 5 3 3 9 , 4 3 km
1 8 6 h 5 8 m 0 1 s

2017
1 1 2 1 4 , 5 2 km
4 1 0 h 0 6 m 1 8 s

2016
0 4 8 5 0 , 9 4 km
1 8 0 h 3 0 m 2 7 s

2015
0 1 3 5 0 , 0 0 km

2014
0 7 6 3 3 , 8 8 km
2 9 4 h 4 2 m 2 7 s

2013
0 3 2 4 3 , 2 9 km

2012
0 4 3 8 8 , 3 4 km

2011
0 5 6 5 7 , 5 1 km

2010
0 8 1 9 5 , 1 2 km

2009
1 5 7 4 4 , 3 1 km

2008
1 4 6 9 6 , 5 0 km

2007
1 4 0 5 0 , 9 7 km

.posts recentes

. Vila Nova de Oliveirinha ...

. Ida a Meruge

. Segunda volta por Espanha...

. Primeira "incursão" por E...

. O prometido é devido!

. 2018

. Volta durinha por Fornos ...

. Volta teste...

. Mais vale pouco que nada!

. Fugindo ao calor...

.arquivos

. Maio 2018

. Abril 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Julho 2017

. Junho 2017

. Maio 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Outubro 2014

. Agosto 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Julho 2013

. Agosto 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Dezembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Setembro 2008

. Fevereiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

.links

blogs SAPO

.subscrever feeds